O motivo de tanto work in progress é este.
Esta história recordou-me esta outra.
Havia sido programado um seminário extraordinário de um professor convidado sobre O conceito de corpo na Modernidade (de Descartes a Husserl). Na primeira sessão o professor anuncia que o seminário versará antes sobre o conceito de alma. Na segunda sessão aparecem um terço dos inscritos. Os necessários para a construção do conceito de corpo que o professor queria empreender.
Aqui está uma óptima boleia para um debate que se quer profundo e o mais alargado possível sobre uma das características constitutivas da Europa e a sua possibilidade de produção no futuro próximo, a inteligência.
Aquilo que muito boa gente pensa (a muito boa gente que as Universidades ainda têm) ao deambular pelos seus corredores por estes dias, di-lo aqui o Miguel Vale de Almeida. Pois.
A separação entre o Criador e o universo, o Sol, a Lua, a fecundidade das espécies, e por aí fora, é uma crítica teológica das magias religiosas dessas épocas, tarefa que a aliança entre a Filosofia grega e a Bíblia no seio da teologia cristã veio a concretizar paulatinamente: pré-história da própria razão biológica.
Belo, Fernando. "Evolução, razão e Bíblia" in Público 22.Ago.08, p.37