"[...]mas faz-nos esboçar uma realidade supra-sensível compatível com o uso experimental da nossa razão. Sem uma tal precaução, não saberíamos fazer o mínimo uso de semelhante conceito e deliraríamos ao invés de pensarmos.[...]"

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Fev 09

 Nem de propósito, e isto dá bem conta de uma espécie de preocupação comum que parece estar no ar do tempo, Jean-Clet Martin publica hoje um texto rico em indícios em que esmiuça possíveis linhas de divisão entre Deleuze e Badiou, na já famosa querela do conceito de multiplicidade e da teoria matemática dos conjuntos, a partir de Descartes (hélas!) e Leibniz. Tendo em conta que se trata, justamente, de tentar dar inteligibilidade ao que seria um espaço não-métrico, não-mensurável, portanto da ordem do intensivo e já não da extensão geométrica (a profundidade do spatium em Deleuze), e elevá-lo a conceito, bastava para revelar uma comunidade de pensamento. Se isso não bastasse, revelar ainda que o que fez com Aristóteles e Van Gogh serve de modelo para o que tento, neste momento, com a ambiguidade das concepções do espaço em Kant e a pintura de João Queiroz, em dois ensaios a sair ainda este ano.

escrito por José Carlos Cardoso às 22:50

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